Presidente do Conrerp6 abre Webinário sobre pessoas com Deficiência

O presidente do Conrerp6, Antonio Carlos Lago participou da abertura do Webinário sobre Relacionamento com as Pessoas com Deficiência. O evento foi uma realização do Instituto Brasileiro de Cerimonial, Eventos e Relações Públicas, que é presidido pelo professor e Relações Públicas, Elias Azulay. A proposta é referendada pelo Projeto “Comunicação Estratégica para Compreensão e Acessibilidade Atitudinal no Relacionamento com as PCD”, em desenvolvimento pela Universidade Federal do Maranhão – Pró-Reitoria de Extensão e Cultura.

Mesa de abertura e debates

O Objetivo do Webinário foi Conhecer e debater as ideias do projeto da Campanha de Acessibilidade Atitudinal “Além das Rampas”, que pretende propor a obrigatoriedade de cursos de capacitação específica aos servidores e/ou funcionários que trabalham na área de atendimento e recepção nas instituições públicas e privadas. A proposta visa melhorar a eficácia do relacionamento e comunicação com as Pessoas com Deficiência, bem como a obrigatoriedade de legendas nos noticiários e filmes exibidos pelas emissoras de televisão.

Programação do Evento

Abertura – Presidência de Honra, Dr. Gabriel Furtado e Dra. Elain e Barros (DPE-MA) com as saudações da professora Zefinha Bentivi (UFMA), do presidente do Conrerp6, Antônio Carlos Lago e teve a apresentação do Professor Elias Azulay.

Referências Temáticas: “Correlação entre Cerimonial e Relações Públicas com a Acessibilidade da PCD”, Telma Moura (DF), Francisco Biondo (DF), Pedro Amorim (RJ), Marcus Zaniol (PR), Anita Cardoso (MG), Kátia Lobão (APAE-MA), Francisco Adler (ReSound) e Marcelo Godoy (Widex).

Painel ao vivo: “Acessibilidade Atitudinal – Sua Importância Além das Rampas”, Ana Teresa Freitas (MPMA-15ª PEPCD), Alenilton Santos Silva Jr (MPMA-CAO/PIPD), Isabelle Passinho (MOB), Macela Proença (OAB-MA), Anna Karina Cunha (OAB-MA), Edith Ramos (OAB-MA), Dalva Lessa (CEPD), Ubirajara Junior (Crefito16).

Mesa Redonda ao vivo: “Direitos Humanos e Políticas Públicas para as PCD”, Beatriz de Carvalho (Secretária Adjunta -SEDIHPOP), Maelle Medeiros (DPE-MA), Carlivan Braga (Semeped-MA), Cedric T,empel Nakasu (DACESS-UFMA), Marilda Lopes Rosa (NAU/UEMA), Paulo Carneiro (CEPD), Priscilla Selares (COMDEF), Dylson Ramos Bessa (Fórum EPCD) e encerrando as apresentações, o Delegado do Conrerp6 no estado do Maranhão, Fernando Souza.

O presidente Lago, na abertura do evento afirmou que as “atividades devem ser de responsabilidade das Assessorias de Comunicação e cabe a área de Relações Públicas construir um olhar diferenciado sobre este tipo de público que tem as suas dificuldades quando precisam ter acesso aos serviços prestados pela sociedade.

As entidades de classe como a nossa, devem incentivar e capacitar as pessoas que tem o primeiro contato com este segmento de público, afinal, nós entendemos de público.

O envolvimento da área de Relações Públicas é uma iniciativa que certamente pode mobilizar outros segmentos da sociedade para um debate mais produtivo e caminhar para definições de políticas pública oficiais a nível Municipal, Estadual e Federal.

Estas ações podem ter desdobramento e engajamento de outras entidades que também tem o compromisso e responsabilidade com este segmento prioritário de público que são as pessoas com deficiência”.

Participação do Delegado do Conrerp6

O Delegado do Conrerp6 no estado do Maranhão, Fernando Souza apresentou alguns dados sobre os problemas e necessidades das pessoas com Deficiências, que de acordo com os dados do IBGE de 2010, 24% de brasileiros têm alguma deficiência, 70% vive abaixo da linha da pobreza, 33% é analfabeta ou tem até 3 anos de escolaridade e 90% estão fora do mercado de trabalho. Isto levou a uma reflexão: Quais são os dados atuais? Onde estão essas pessoas? Sexo? Faixa etária? Qual a “geografia” dessa população?  Estas informações precisam ser atualizadas e analisadas.

Um outro ponto abordado, foi sobre os ODS como diretrizes para ação que traz de forma rasa essa necessidade de inclusão. Nenhum dos ODS trata especificamente da instituição de políticas de inclusão de Pessoas com Deficiência. Fica claro que a partir de alguns dos seus conceitos definidos, é necessário se definir e implementar políticas públicas para este segmento da sociedade.

Fernando também fez comentários sobre as Perspectivas de Cidadania Plena, sob conceito moderno, transnacional, de inclusão e de participação, não se restringindo a direitos ou territorialidade. Quando se falar em direitos, esses precisam ser colocados sob a perspectiva do princípio da igualdade.

Encerrando suas considerações, o Delegado chamou a atenção sobre a acessibilidade plena para além das rampas e a necessidade de uma revisão do conjunto de políticas públicas para se permitir a inclusão das pessoas com deficiência nas pautas que lhes interessam. Elas precisam ocupar lugares de fala, debater as questões que lhes afetam, contribuir para a construção da ordem social. Afinal, são pessoas segregadas, isoladas, sem acesso a serviços básicos, baixa formação escolar e baixa renda.


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